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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

parabéns, coisa gostosa!

Meu aniversário foi ontem. Fiz vinte um anos. Agora, sou de idade para beber em qualquer país do mundo (os EUA inclusive!).

Eu gosto de me vestir bem no meu aniversário, de me maquiar meu rosto com um pouco mais carinho, de escolher as minhas roupas. Quero me sentir linda no dia que envelheco. É um fato incontestável que mulheres, no geral, gostem de se arrumar, e acho que aniversários são nossos dias de exibição.

De qualquer modo acho que podemos concordar que quando uma mulher se veste no seu aniversário, ela não pensa em parecer pior que o normal.

Mas, aqui em Salvador, me encontrei pensando assim. Ou seja, eu queria parecer numa maneira que, por um dia do meu intervalo no Brasil, eu podia passar sem atraer atenção na rua. OU talvez seja melhor dizer "sem um alto-índice de atenção". (Eu sei o que são metas inatingíveis).

Vocês devem estar pensando que sou uma maluca. Já estabilizamos que mulheres gostam de se vestir bem, particularmente nas suas aniversárias. Por que, então, eu estaria dizendo que pensei só em me vestir mal?

Não sei quantos de vocês, meus prezados leitores, são mulheres, nem sei quantos de vocês moram na Bahia. Aliás, vou andar por frente pesando que você, portanto, não seja uma mulher baiana. Sendo assim, você não conheceria os rapazes das ruas de Salvador.

São os piores.

Não quero dizer que esses rapazes da rua não são homens respeitáveis nos seus empregos e casas. Mas quando eles chegam na rua, se tornam outras coisas.

Se eu fosse homem ou se fosse velha, essa entrada no blog não existiria. Não sou velha, nem homem. Sou uma jovem estrangeira que gosta de andar em vez de pegar ónibus e que gosta de usar roupa que me ajuda ficar confortável. Eu nego de usar calça jeans nesse calor infernal de Salvador!

E quando eu ando pelas ruas, recebo olhadas, recebo comentários. Segundo meu público, sou uma princesa, uma coisa linda, gostosa, Amazona, delícia. Carros param. Tenho medo de que eu vá ser a causa de um acidente de trânsito. (Hoje um rapaz quase atropelou um pedestre com o seu carro porque a cabeça dele estava fora da janela para ver-me melhor.)

Vou admitir, que a primeira vez que aconteceu, foi legal. Mas dias depois de dias de homens, de qualquer estação da vida e da sociedade, me chamando; fica cansativa. A verdade é que sou uma mulher - NORMAL! - que está de saco cheio disso. Chega disto rapazes!

No meu aniversário, meu dia especial, me vesti com carinho, com o desafio de, por um dia, evitar a atenção. Usei minhas bermudas mais feias e uma camisa grossa e grande. Não pintei minha cara; usei os meus óculos. Botei meu cabelo sujo pra cima. E saí de casa...

Os comentários pararam? Não. Nunca vão parar. Mas eu sabia que tinha tentado. E era bastante.

até logo minha gente,

lisa

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A última menina

Sou Paola, a quarta aluna do professor Alex.
Eu também sou professora, italiana e professora de Italiano. Moro em Salvador, na Barra e, faz dois anos, cheguei para dar aulas na UFBA como professora de língua nativa.
Gosto muito de viver e trabalhar na Bahia e por isso quero aprender a língua brasileira: quero comunicar me bem com as minhas alunas e com todos os baiano, porque me sinto muito a gosto com a cultura e a forma que eles têm de viver.
Eles trabalham muito (não é verdadeiro o preconceito habitual), mas no mesmo tempo vivem con entusiasmo e alegria, curtindo todas as atividades culturais, seja música ou teatro ou cinema ou palestras.
E, a propósito de palestras, na última sexta feira o departamento de Italiano organizou o seminário: "As praças da Itália", sobre a importância das praças como lugar de comunicação e de encontro.
A cultura baiana também valoriza muito a comunicação livre, fora de casa.
Os baianos falam muito y alto, como os italianos, mas eu acho que são menos agressivos , porque a polêmica resulta ser menos dura.
Por exemplo, nestas últimas eleções, eu não ouvi nehuma briga: as pessoas iam com os símbolos do seus candidatos ou cantando cançoes de propaganda, mas sem brigar.
Na Itália não seria possivel sem desencadear acusações recíprocas de comunismo ou de fascismo.
Em conclusão, inclusive por isso, é melhor viver aqui.
E vocês, o que é que acham? Onde a vida è melhor?
Ciao!
Paola